Onde encontrar a sua uva?
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Nem todo o rótulo de vinho traz a variedade da uva utilizada na sua produção. Esse é o padrão utilizado em vinhos do Novo Mundo, mas não é o que encontramos na maioria dos rótulos da França, Itália, Espanha, Portugal...
Nesses países, os vinhos são nomeados a partir do nome da região onde as uvas são cultivadas e onde o vinho é produzido. Se eles não levam os nomes das uvas, como buscar então, nesses vinhos, determinada uva?
Cabernet Sauvignon, a rainha das uvas, leva a profundidade da sua cor, a complexidade dos seus aromas, seu corpo e capacidade de envelhecimento, para cortes em Bordeaux, para os Supertoscanos, para os vinhos espanhóis do Priorat, e para os americanos Meritage.
A uva Merlot participa de vinhos de corte dessas mesmas denominações. Mas ela, por sua vez, contribui com maciez, equilibrando os traços mais fortes das outras uvas.
Para quem aprecia Syrah, os cortes do Rhône, Provence ou Priorat trazem consigo caráteres herbáceos típicos dessa uva no Velho Mundo. Já no Novo Mundo, o corte GSM, típico da Austrália, traz um Shiraz mais frutado, e com taninos mais intensos. E, um dos paarceiros mais comuns dessa uva, em todos esses cortes, é a Grenache.
E quando a uva é capaz de ainda mais versatilidade? Um bom exemplo é a Pinot Noir, que ao mesmo tempo que sustenta os tintos da Borgonha cortada eventualmente com a Gamay, é também a base dos vinhos espumantes de Champagne, ao lado da Chardonnay e da Pinot Meunier!
Então, para apreciar e degustar os vinhos produzidos com as uvas da sua preferência, você tem mais alternativas do que, inicialmente, pode parecer. Procure, nos cortes, aquilo que cada uva tem de melhor a oferecer. Procure, nos cortes, a soma das qualidades, e o equilíbrio das deficiências de diferentes uvas. Para ler mais sobre a diferença entre vinhos varietais ou de corte, clique aqui.
E, se quiser ler mais sobre diferentes variedades de uvas viníferas, clique aqui.
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